Hoje, vamos abordar temas um pouco mais densos. Caso de alteração brusca da FCFb.
RESUMO DO QUE FOI COMENTADO:
- Este feto chegou saudável à sala de partos.
- O que pode ter feito com que a FCFb aumentasse de 140 para 200?
- Hipoxia? Não sem desacelerações prévias.
- Infeção? Não até 200
- Desidratação? Não provoca tanta taquicardia fetal
- Fármacos? Não tinham sido administrados
- Perturbações da condução –> Isto é o que temos de suspeitar
- Falámos especialmente das arritmias supraventriculares e dos circuitos de reentrada. E do risco que provocam no feto de falha cardíaca.
- Discutimos em detalhe o tratamento, diferenciando três cenários:
- Período antenatal –> Pode tentar fazer-se uma cordocentese e administrar Flecainida se dispuser de um serviço potente de medicina perinatal
- Trabalho de parto dilatada >4cm –> Pode tentar pressionar a fontanela maior que tem grande irrigação parassimpática e estimular o nervo vago. Muitas vezes reverte (seria como pressionar as carótidas num adulto).
- Menor dilatação –> Cesariana porque não pode saber quando vai reverter espontaneamente nem quanto tempo resta ao feto de margem.
–> Neste caso, fizeram uma cesariana e obteve-se um recém-nascido com APGAR 9/10/10 e pH normais.